Sim, a partir de setembro deste ano! Os postos serão obrigados a implantar o sistema de recuperação de vapores nas bombas de combustível. A medida será muito importante, principalmente porque dará mais segurança e proteção aos frentistas. Quando abastecemos o carro, talvez não pensemos nisso. Mas o ambiente da pista de abastecimento é hostil e tóxico. Isso porque há grande liberação de gases no trajeto que a gasolina faz até chegar ao tanque de combustível. O benzeno é um desses gases, e altamente prejudicial à saúde. Mesmo que em curta exposição, o frentista pode ter sintomas como: dores de cabeça, sonolência, tontura, irritação das vias respiratórias e perda de consciência.
A medida que obriga os postos a utilizar o sistema foi publicada em 2016, por meio da portaria nº 1.109 do Ministério do Trabalho, e prevê um período de adaptação para sua instalação. Caso as mudanças não sejam feitas, poderá ser determinada até a retirada de operação das bombas.
Mas, afinal, como funciona o sistema de recuperação de vapores?
Bom, existem dois tipos de sistema para recuperar os vapores: um deles consiste em uma válvula de pressão com engate rápido, a válvula da boia e a esfera. Esse sistema, instalado nos bicos de abastecimento das bombas, recupera o combustível para o tanque quando ele está em uma situação de equilíbrio entre as fases gasosa e líquida. Já o segundo sistema visa, em específico, reduzir os índices de benzeno na atmosfera dos postos de combustíveis.
Mais economia para os postos!
O sistema de recuperação de vapores, além de oferecer mais segurança para os frentistas, gera mais economia aos postos. Para se ter uma ideia, vapores perdidos representam algo em torno de 0,4% de todo o combustível comprado. Alguns equipamentos chegam a converter 90% dos gases voláteis gerados nas atividades diárias do posto. A economia parece ser relevante, pois a cada mil litros de combustível vendidos, o sistema devolve 1 litro para o tanque, por meio da conversão de vapores.