A safra de grãos 2024/25 vai chegar a 332,9 milhões de toneladas. A estimativa, da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), caso se confirme, representará um novo recorde na série histórica. Além disso, vai superar em 35,4 milhões de toneladas a produção do ciclo anterior.
Outro ponto notável é que a área cultivada no país deve chegar a 81,7 milhões de hectares. Essa expansão, de 2,2% em relação à safra passada, é bem menor do que os 9,5% no volume colhido. Isso se reflete na produtividade média das lavouras brasileiras, que devem apresentar uma recuperação de 9,5%, ultrapassando as 4 toneladas por hectare.
A Conab aposta na soja para continuar sendo o maior cultivo da safra de grãos do Brasil. Isso porque a cultura tem uma estimativa de produção de 168,3 milhões de toneladas, o maior volume já registrado para a oleaginosa na história. Com a colheita já chegando a 98,5% da área semeada, com trabalhos concluídos nos Estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins, é provável que os números ficarão bem próximos das previsões.
Para o milho, inegavelmente, há outra perspectiva positiva: 126,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em comparação à safra 2023/24. A primeira safra do cereal, com colheita finalizada em 77,6% da área, deve produzir 24,7 milhões de toneladas. A segunda, por sua vez, já concluiu a fase de semeadura e tem previsão de 99,8 milhões de toneladas. Já da terceira espera-se colher 2,3 milhões de toneladas.
A produção de arroz igualmente deve crescer, atingindo 12,1 milhões de toneladas, safra 14,8% maior em relação ao ciclo anterior. O resultado se deve, principalmente, a uma expansão da área plantada para 1,7 milhão de hectares e a uma melhora de 7,4% na produtividade, batendo 7 toneladas por hectare.
O feijão, outro alimento básico da dieta brasileira, tem previsão de colheita de 3,2 milhões de toneladas nas 3 safras. Boa notícia para o mercado inteiro, uma vez que a Conab acredita que esse volume assegura o abastecimento nacional.
Também devemos falar do algodão, com semeadura finalizada em uma área de 2,1 milhões de hectares, 7,2% maior que na safra 2023/24. A produção de pluma deve alcançar 3,9 milhões de toneladas, superando em 5,5% o volume da safra anterior. Já a produção de trigo no Brasil deve chegar a 8,3 milhões de toneladas para a safra atual, crescimento de 4,6% sobre o ciclo passado. Sem dúvida, outra boa notícia. Ainda mais levando em conta que a oferta da Ucrânia, desde o início do conflito com a Rússia, deixou de ser uma possibilidade para a demanda brasileira.
Em diferentes estágios de desenvolvimento, a safra de grãos do Brasil vai fazer história e tem uma oportunidade única para converter esses resultados em faturamento.
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