O Brasil, bem como seus principais competidores, por exemplo a Argentina, entram 2025 com expectativas mistas no que diz respeito ao mercado da soja. Na balança, além de mudanças climáticas, mudanças na geopolítica podem impactar os rendimentos da cultura.
Enquanto a Argentina sofre com a La Niña e com a cigarrinha-do-milho, o Brasil segue com dificuldades para acelerar o ritmo das exportações. Essa volatilidade vai exigir uma análise detalhada do mercado, de modo a se encontrar cada oportunidade de rentabilizar a safra.
O Brasil vai encarar no futuro próximo chuvas intensas no Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Em partes de Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás também deve cair um acumulado superior a 100 milímetros. No Sul, em contrapartida, as chuvas devem ser abaixo da média, impactando o desenvolvimento das lavouras de soja.
Essa seca é a principal ameaça da produção Argentina. Ainda que a expectativa seja de crescimento de 5% em relação ao ano passado, chegando a 52 milhões de toneladas, o fenômeno La Niña pode fazer chover até 40% menos do que o esperado. Para compensar os contratempos, uma troca de culturas, do milho para a soja, bem como um aumento da área plantada para quase 18 milhões de hectares.
O desafio no Brasil é outro. A estimativa é de que a safra bata a marca de 100 milhões de toneladas, mas o ritmo de exportações segue lento. Embora parte desse ritmo tenha a ver com os gargalos nos portos, há também fatores econômicos e um aumento na seletividade do mercado. Essa espera, inclusive, tem afetado a oferta e feito o valor da soja no mercado futuro subir. A Bolsa de Chicago chegou a negociar contratos para março de 2025 a US$ 10,30 o bushel (27,216 kg), uma alta de 3,5%.
O exportador de soja também olha para o início do segundo mandato de Donald Trump com atenção. As promessas de tarifas a países da União Europeia, BRICS (bloco econômico do qual o Brasil faz parte), México e Canadá, só para exemplificar, certamente elevarão o custo para o consumidor final, potencialmente comprometendo a competitividade.
O mercado da soja no Brasil pode alcançar marcas expressivas em 2025. Para isso, os produtores devem ficar atentos às ameaças, ajustar rotas e aproveitar oportunidades. Isso significa, em outras palavras, prontidão constante.
Garantir que combustíveis estejam sempre à disposição é parte essencial desse estado de prontidão. Com presença nas 5 regiões do Brasil, a Royal FIC entra em 2025 com o objetivo de transformar o futuro do agro e movimentar o setor rumo a novas fronteiras.
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