Após três anos seguidos de La Niña, o El Niño provavelmente estará de volta em 2023, É o que diz o relatório da National Oceanic and Atmospheric Administration, agência do governo dos EUA que estima em 89% a probabilidade do fenômeno ocorrer a partir do trimestre de junho a agosto. Contudo, o evento deve ser de fraca intensidade.
Ainda assim, o agronegócio está atento aos possíveis impactos que o El Niño pode ter na produção. Principalmente das commodities, ativos importantes, inclusive, para a balança comercial do Brasil.
O El Niño, ao lado de sua “irmã” La Niña, é parte de um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífica Equatorial. No primeiro, o Pacífico Equatorial está mais quente do que o normal. Já no segundo, está mais frio.
Para ser configurado como tal, a variação precisa ser, para cima ou para baixo, maior do que o,5º C. Quando isso acontece, a variação da umidade do ar e da pressão atmosférica cria o que se conhece como corrente de jato subtropical. Como resultado, as frentes frias ficam “estacionadas” na Região Sul, além de aumentar as chuvas nos meses de inverno e primavera.
No inverno, período dentro do terceiro trimestre, as temperaturas médias da faixa central do país também tendem a subir. Além disso, as geadas no Sul devem ficar restritas a pontos de maior altitude.
Com temperaturas mais altas e mais chuva no inverno, o El Niño pode, na verdade, beneficiar produtores de soja e milho. Isso porque, no inverno, ocorre a chamada “safrinha”, que pode florescer melhor com o clima mais úmido e ameno, menos propenso a geadas.
Para o trigo, a história é diferente. O aumento nas chuvas pode não só tornar o trabalho no campo mais difícil, como também aumentar a incidência de doenças e reduzir a qualidade do produto final. Além disso, o risco de ocorrer a esterilidade das espiguetas é real, caso as temperaturas subam durante o florescimento do trigo. Importante destacar, entretanto, que os riscos são reduzidos se o fenômeno realmente for ameno, como se prevê.
O mesmo vale para a cana-de-açúcar. Seriam necessárias chuvas muito intensas para comprometer o processamento da safra e diminuir a concentração de açúcares recuperáveis.
Já o cacau é um caso à parte. Com produção concentrada na Região Nordeste, as secas que o El Niño trazem à região podem comprometer a produção em grande escala. Na última vez que o fenômeno aconteceu, em 2017, ela caiu 25%. Mesmo um fenômeno ameno pode causar estragos.
O nível de tecnologia presente no agro de hoje seria considerado uma utopia no começo do século. Além dos sistemas de previsão e simulação climática, como o responsável por apontar a provável volta do El Niño, todas as técnicas de melhoramento genético de grão, acompanhamento de lavoura e logística, de colheita, estocagem e transporte, trouxeram a produtividade para uma sequência de quebras de recordes históricos.
Essa mesma tecnologia pode minimizar os riscos de fenômenos climáticos. Agilizando ou retardando plantios, antecipando colheitas e diminuindo tempo de espera, é possível enfrentar esta turbulência com menos solavancos.
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