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Do óleo ao biodiesel

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A Royal FIC lançou um programa que valoriza as ações sustentáveis, principalmente em um segmento que produz muito resíduo poluente, como o de óleos e combustíveis. A partir de agora, as pessoas podem levar uma garrafa PET com o óleo de cozinha utilizado para um ponto de coleta, denominado Ecoponto. O material será reciclado e pode ser transformado tanto em sabão (glicerol) quanto em biodiesel.

MAS COMO ISSO É POSSÍVEL?

São diversos os procedimentos que possibilitam essa transformação, mas o mais comum é conhecido como transesterificação, e atualmente é o mais utilizado em nosso país. Nesse tipo de processo, o óleo passa por uma reação com um álcool – o metanol – e com um catalisador, como a soda cáustica. Não existe atualmente uma lei de âmbito federal que obrigue os fabricantes a recolher e reciclar o óleo, mas algumas cidades estimulam o comércio de alimentos a encaminhar o óleo a locais adequados. Existem ainda entidades específicas que fazem o recolhimento do resíduo em bairros e estabelecimentos. No Brasil, empresas de reciclagem de óleo são parceiras de restaurantes, ONGs e supermercados para coletar uma quantidade maior do produto.

O PROCESSO, PASSO A PASSO

Passo 1. A primeira etapa é o recolhimento do óleo de cozinha usado. Ele é guardado em recipientes denominados bombonas, cuja capacidade chega a 50 litros, e segue de caminhão rumo à fábrica.

Passo 2. O óleo recolhido é depositado em tanques de filtragem para separar resíduos sólidos, como sobras de alimentos. Essa filtragem acontece mais de uma vez, e o que sobra é levado para aterros sanitários.

Passo 3. Depois disso, o óleo é guardado em tanques de mil a 15 mil litros de capacidade e permanece durante 5 dias em processo de decantação. O óleo fica na superfície e a água na parte de baixo e, logo após, é descartada.

Passo 4. Depois de purificado, o óleo é posto em um reator. Nesse local ele recebe metóxido de sódio, que é a mistura de metanol e soda cáustica. Essa mistura é agitada de duas a três horas, até formar o biocombustível.

Passo 5. O produto que estava no reator vai para outro tanque de decantação. A parte mais densa contém glicerol, água e impurezas. Retira-se o glicerol para fazer sabão.

Passo 6. O biodiesel produzido segue para tanques e passa por um processo de lavagem, no qual se adiciona água destilada e se agita tudo de forma constante. A mistura resultante é enviada para a decantação, quando são extraídas a água e as impurezas.

Passo 7. Após a lavagem, o biodiesel é levado a um contêiner, permanecendo lá por cerca de 48 horas. Esse período é suficiente para que o resto de água, ainda presente na mistura, evapore.

Passo 8. Terminada a secagem, o biodiesel é levado às distribuidoras.

Fonte: Mundo Estranho – Ed. Abril

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