Começa a valer, em setembro, a obrigatoriedade da capacitação sobre benzeno para colaboradores de postos de combustíveis. Instituída pela Portaria nº 1.109 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a determinação abrange os frentistas e também os trabalhadores de lava-rápidos e borracharias. O benzeno faz parte da composição da gasolina.
O objetivo é alertar sobre os perigos do contato com a substância e garantir a segurança e a saúde desses profissionais. Entre os problemas que o benzeno pode causar estão: anemia, câncer, dores de cabeça, infecção pulmonar, problemas neurológicos e queimaduras na pele.
O curso de capacitação de 4 horas deve ser feito a cada dois anos e fornece orientações sobre os riscos da exposição à substância e sobre os principais sintomas da intoxicação ocupacional, além de noções de monitoramento ambiental, biológico e de saúde.
EPI
Para evitar os diversos problemas relacionados à contaminação por benzeno, é preciso que os profissionais utilizem o Equipamento de Proteção Individual (EPI). No caso dos frentistas, é fundamental o uso de luvas.
Já os funcionários que fazem a descarga selada e a medição de combustíveis, por exemplo, devem utilizar máscaras com filtro para vapores orgânicos, com índice de proteção não inferior a 100.
Vale lembrar que os filtros devem ser substituídos com frequência. Essa ação deve seguir as orientações do fabricante e da Instrução Normativa 01/1994, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que trata do uso de equipamentos para proteção respiratória.
O controle e o acompanhamento da saúde dos colaboradores também deve ser feito por meio da realização de hemograma completo, com periodicidade mínima semestral.
Bombas de combustível
Outra medida que os donos de postos devem tomar é sinalizar as bombas para alertar os trabalhadores e a comunidade sobre os riscos de contaminação do benzeno. As placas devem possuir dimensões de 20 por 14 cm e conter as seguintes informações: “A gasolina contém benzeno, substância cancerígena. Risco à saúde”.
O uso de bicos automáticos nas bombas de combustível também é essencial e obrigatório, desde setembro. O objetivo da lei (item 9.4 do anexo II da NR 9, instituída pela Portaria nº 1.109) é minimizar os riscos de contaminação, já que estudos mostram que o abastecimento dos veículos além do travamento automático da bomba aumenta de três a quatro vezes os riscos de exposição ao benzeno. Ou seja, acabou aquela moda de pedir para o frentista encher o tanque até a boca. Afinal, é a saúde dele que está em jogo.
