A Accenture Research, uma das maiores consultoras mundiais, elaborou uma pesquisa e constatou que, no médio prazo, os veículos flex continuarão em alta no Brasil, sendo a melhor opção para os consumidores. O principal motivo para isso é o uso em larga escala do combustível etanol em modelos biocombustíveis, que apresentam melhor custo-benefício, se comparados aos veículos elétricos e híbridos à gasolina.
Esta pesquisa levou em consideração diversos aspectos que influenciam na fabricação e comercialização de veículos elétricos em países localizados na Ásia, Europa, América do Sul e do Norte. Analisou-se aspectos tecnológicos, como por exemplo infraestrutura, tempo de carga e durabilidade das baterias; aspectos econômicos, como por exemplo os preços na compra e revenda; e aspectos políticos, como a regulamentações e os subsídios governamentais e infraestrutura de carregamento.
O Brasil, juntamente com a Rússia e Índia, é considerado um país que ainda não acredita na eletrificação do transporte viário. Esta pesquisa constatou que não existe mercado de veículos elétricos no Brasil. O número de potenciais compradores é baixo e, para os que possuem condições de comprar não encontrarão infraestrutura. Assim sendo, o etanol é a alternativa para a substituição da gasolina e diesel.
Os maiores benefícios dos veículos flex em relação aos movidos à combustão ou à eletricidade é a maior liberdade do consumidor no momento de abastecer e os diversos benefícios socioeconômicos e ambientais. Nosso país possui uma tecnologia única que permite optarmos por etanol, gasolina ou a mistura dos dois, em qualquer proporção, além de utilizarmos um combustível de origem limpa e renovável, que ajuda a combater o aquecimento global.
A utilização de combustível renovável reduz a emissão de gás carbônico, causador do efeito estufa. Estima-se que, desde a chegada dos veículos flex, em 2003, evitou-se que 370 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas na atmosfera.
Hoje existem no Brasil 25 milhões de veículos flex, que representam 70% da frota de veículos leves; 19 montadoras que fabricam 60º versões de dezenas de modelos; além do mercado 2 rodas, que produziu mais de 4 milhões de veículos com a mesma tecnologia.
Fonte: Eco Energia