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Lições da COP26 ao agro brasileiro

A 26ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – COP26 – terminou na última sexta (12). Entretanto, os esforços necessários para minimizar os impactos do aquecimento global mal começaram. De fato, em muitos países sequer começaram.

O Brasil, por exemplo, é o quinto maior emissor de gases do efeito estufa. Atrás apenas de China, Estados Unidos, Rússia e Índia, a principal diferença do nosso país está na origem destes gases. Enquanto os líderes do ranking está em suas posições principalmente pela queima de combustíveis fósseis, o Brasil, por sua vez, tem no campo a sua grande fonte emissora.

Assim sendo, é no agro que a sustentabilidade brasileira deve concentrar esforços. E estas foram algumas das lições da COP26.

Aplicação do Código Florestal

Um facilitador para o agro brasileiro é que a legislação em vigor já é, em si, um guia dos passos a serem seguidos. Contudo, ainda há defasagem entre o Código Florestal e a sua aplicação na prática.

Uma das percepções sentidas na COP26 é a necessidade de demonstrar o empenho da categoria. Assim sendo, atualizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é imperativo. Principalmente, porque o documento é autodeclaratório.

É por meio do CAR que, por exemplo, se sabe quanta área ambiental é preservada dentro de propriedades rurais. Sob o mesmo ponto de vista, identifica-se quais correções de rumo precisa fazer o Programa de Recuperação Ambiental.

Produção com baixa emissão de gases

No longo prazo, o metano tem 28 vezes mais potência que o dióxido de carbono. E o Brasil tem 14,3% do rebanho de bovinos do mundo. Por isso, integrar a prática agropecuária com estratégias de captura de gases deve ser uma prioridade.

Nesse sentido, uma das cobranças mais incisivas da COP26 foi para que países ricos liberassem recursos para incentivar tais práticas. Com um papel central na distribuição de alimentos para o mundo, um aceno do Brasil para práticas sustentáveis pode atrair muito dinheiro.

A COP26 na escala familiar

A agricultura familiar, de pequeno porte, não só tem um papel central no abastecimento interno, mas também é mais simples para mudar processos com rapidez e impacto.

Para que isso seja possível, é necessário transferir tecnologia e capacitar. Essas demandas exigem incentivos e investimentos. Da mesma forma que a neutralização de gases no grande produtos, os países ricos podem acelerar essa transição com programas de incentivo e linhas de crédito facilitadas para o pequeno produtor.

Para ir além da COP26

A COP26 traz muitas lições, mas uma medida simples, eficiente e de benefícios imediatos não teve tanto destaque. O uso de combustíveis de qualidade no maquinário e nos veículos de transporte.

Dessa forma, você aumenta a vida útil do seu equipamento e, consequentemente, emite menos gases nocivos ao meio ambiente, ao mesmo tempo economizando recursos e aumentando desempenho.

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