Imagine você dirigindo um carro com alavancas e manivelas enormes feito um joystick no lugar da direção circular. Estranho, não é? Pois assim eram os veículos no final do século 19! Na verdade, eles mais pareciam “carros-carruagem” e eram bem rudimentares. O modelo Benz Patent-Motorwagen de 1886 é o que chega mais perto do exemplo de carros sem volante circular. Mas, graças à mente brilhante do francês Alfred Vacheron essa realidade iria mudar. Vacheron teve a ideia de implementar um protótipo do volante no Panhard et Levassor, antigo modelo comercializado na época. E a invenção deu mesmo certo, tanto que, quatro anos depois, o fabricante gostou da eficiência desse tipo de direção e decidiu produzir novos carros com o volante circular, como conhecemos hoje.
Como a direção circular foi inventada?
O volante foi inventado em 1894 e seu design foi inspirado em um timão de navio. Vacheron criou o protótipo no Panhard para que o carro participasse de uma corrida internacional que iria percorrer as cidades de Paris e Rouen, na França. Mas você deve estar se perguntando: afinal, como funciona a direção? Quando giramos o volante, torcemos um cilindro onde há uma peça chamada árvore, responsável por transmitir o movimento até a caixa de direção. Dentro dessa caixa, há uma engrenagem, chamada de pinhão, que ativa outra peça com nome estranho – a cremalheira –, que, por sua vez, transfere o movimento, de forma retilínea, para as barras e articulações. Todo esse processo faz com que as rodas girem na direção que queremos.
Até os dias de hoje, a direção circular criada por Vacheron passou por inúmeras inovações. Em 1951, a direção hidráulica foi testada no Chrysler Imperial e, em 1988, foi implementada a direção elétrica no modelo Suzuki Cervo.
Fim do volante?
Será que um dia iremos dirigir sem volante? Pesquisas vêm sendo feitas desde 1986 com a criação do protótipo Nav Lab 1, repleto de computadores e sensores de movimento. No entanto, em 2014, o Google lançou um modelo de carro autônomo, com sensores capazes de detectar movimento em um raio de distância de dois campos de futebol. Esses veículos, que ainda estão sendo testados, serão guiados por um computador, sem volante e contendo apenas um botão para fazê-lo parar em caso de falhas e movimentos inesperados.
É impressionante, não é? O futuro está mais próximo do que imaginamos e o volante poderá mesmo ser abolido e virar peça de museu!