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O que pode significar cheiro de gasolina no interior do veículo

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Essa é uma pergunta que muita gente certamente se fez e outros inclusive já colocaram a dúvida em prática, mas existe um grande risco nessa atitude. Certos motoristas simplesmente começam a abastecer o veículo movido a gasolina com etanol. Outros ainda criam fórmulas considerando a proporcionalidade para cada combustível, chegando a substituir ou reprogramar o chip que controla os parâmetros de injeção e a ignição do motor. Uma outra alternativa é realizar a conversão, mas com respeito à mecânica do carro. Neste caso, o número de peças a serem trocadas vai demandar um trabalho que não vale a pena.

AGORA, ENTENDA PORQUE NENHUM DESSES CASOS CITADOS ACIMA SÃO VANTAJOSOS.

Trocar de combustível por livre e espontânea vontade pode causar danos severos e o mais grave deles é a corrosão de diversas peças como, por exemplo, a bomba de combustível. Se você usar uma peça destinada exclusivamente para receber gasolina ela vai passar por um potente ataque químico do álcool, diminuindo em muito a vida útil, que passará a ser de alguns meses. Outro problema é a ocorrência de falha de uma hora para outra, deixando o motorista numa pior.

No caso da criação de fórmulas e proporções o problema é bastante similar. Aqui, vale frisar que a gasolina comercializada no mercado já tem entre seus componentes uma quantidade de álcool, mas trata-se do álcool anidro, que não possui água. O álcool vendido nas bombas de postos de combustível é do tipo hidratado, que contém água na sua fórmula. Pode parecer irrelevante, mas este fato muda tudo para os componentes do motor.

Em outro ponto citado, o ato de instalar ou reprogramar o chip, a pessoa muda somente a forma de gerenciamento eletrônico do motor, mas a mecânica permanece da mesma forma. Para melhor exemplificar, uma referência fundamental que muda conforme o tipo de combustível é a chamada taxa de compressão, que refere-se à combustão interna e representa a proporção entre o volume aspirado somado ao volume da câmara de combustão em relação ao volume da câmara de combustão. Em um modelo básico de motor movido a gasolina ela é de 9:1, isso significa nove vezes o volume original do cilindro. Em um motor similar, mas movido a álcool, essa taxa é elevada para 12:1. Certamente o carro não terá o mesmo desempenho.

Vale ressaltar que uma performance abaixo do normal pode significar um maior custo para o condutor, pois além de causar prejuízos ao motor as “receitas” são comprovadamente ineficazes. Daí pode surgir a comparação com os motores do tipo flex, mas neste caso, os carros foram planejados, contando com uma taxa de compressão por volta de 11:1, um número considerado intermediário, para que compense o desempenho independente do combustível usado.

Outro ponto importante é que essas conversões citadas no início do artigo não levam em consideração a emissão de poluentes e um veículo com esse tipo de adaptação dificilmente vai passar em uma vistoria.

Fonte: G1/Globo

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