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RenovaBio: Aditivo para expandir a produção de biocombustível

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No final de junho, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) firmaram um acordo para concentrar forças em dois programas, o Rota 2030, focado no segmento automotivo, e o RenovaBio, que pretende garantir uma oferta constante de etanol e de outros tipos de biocombustíveis.

Quem viveu o final dos anos 80, precisamente 1989, provavelmente se lembra de fatos que levaram a um desabastecimento de etanol no mercado. Quem possuía carro a álcool ficou dias parado, sem poder rodar. Com essa crise, apareceram conversões absurdas para utilizar gasolina, causando o comprometimento dos motores. Por outro lado, foi desse cenário que se originou a ideia do veículo flex: graças às urgências que a ausência de uma política clara para os combustíveis causavam aos consumidores. Atualmente, caso falte gasolina, o motorista tem a alternativa de abastecer com etanol e vice-versa.

Outro fator complicador para o combustível vegetal é sua fonte ser a cana-de-açúcar. No caso de o preço do açúcar subir, os produtores certamente priorizam sua produção e não a do etanol. Assim, os preços sobem e deixam de ser competitivos.

SOBRE O RENOVABIO

De acordo com o Ministério das Minas e Energia, o objetivo do RenovaBio é expandir a produção de biocombustíveis no país, baseada na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e compatível com o crescimento do mercado. Não é possível afirmar o quanto isso pode criar subsídios ou reservas de mercado, mas devem ser interessantes políticas de competitividade.

O programa federal deve investir na produção de etanol da chamada segunda geração, que utiliza biomassa fermentada para gerar o combustível. Isso deve andar ao lado dos objetivos do Rota 2030, que propõe ajuda ao setor de autopeças, novas metas de eficiência energética e cronograma para a inclusão de novos equipamentos de segurança para os carros.

As similaridades entre os programas RenovaBio e Rota 2030 são a previsibilidade na oferta de biocombustíveis – o que garante demanda para produtores e combustível para fabricantes de veículos, além de desenvolver tecnologias – e a redução da emissão de gases nocivos ao ambiente.

Fato é que ambos os programas estão em discussão, mas já trazem aspectos positivos, como a preocupação com a previsibilidade, algo que o Brasil normalmente não oferece.

Fonte: CarPlace – UOL

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